Por Natália Olliver – jornalista voluntária da FSF
“Não tem preço ver as pessoas poderem sorrir. Ver alguém sorrindo já é tudo, é uma grande experiência de amor”.
Mara Cristina Bueno, de 58 anos, encontrou no voluntariado da FSF (Fraternidade sem Fronteiras) motivos de sobra para ter esperança de que dias melhores viriam. E vieram. Juntos deles, a paixão pela solidariedade simples e por fazer o bem ao próximo com pouco. Em 2019 os caminhos da voluntária cruzaram com os da FSF. A diarista, que mora em São Paulo, lugar onde os dias passam e a cidade não vê, relembra que o contato inicial aconteceu através de um dos coordenadores do projeto Fraternidade na Rua – polo SP, Dante Furlan.
Na época, no auge da doença, o voluntariado foi certeiro na recuperação psicológica de Mara. Um convite feito por Dante para que ela participasse de uma das reuniões do grupo FNR colocou Mara Cristina em cena. Além do projeto, ela conheceu o Bazar de voluntários da ONG, em Santo André, cidade que compõe o famoso ABC paulista. Ela se encantou e passou a participar do Bazar e de outras ações que a filial precisava. O intuito no ano era arrecadar recursos básicos para o Projeto “Nação Ubuntu, no Malawi”, na África. Entre os itens estavam água, comida e roupas. .
“A primeira experiência trabalhando como voluntária no Bazar foi ter uma nova visão sobre a solidariedade, aquilo de quem doa ajuda quem compra e quem compra ajuda quem mais precisa”.
Hoje Mara Cristina também participa das ações com crianças onde os voluntários do FNR atuam, em parceria com empresas do setor alimentício, para arrecadação de insumos. Onde houver necessidade é lá que Mara Cristina estará. E ela não poupa esforços para isso. “Vou onde sou convocada”.
Para ela, a FSF é como uma “reforma íntima”, que envolve acima de tudo, acreditar no ser humano. “É tentar seguir o que o mestre Jesus nos ensinou: fazer a nossa parte! Em cada ação que participo entendo a importância da troca de sorriso. Do oferecer auxílio a quem mais necessita, com muita humildade e respeito pelo irmão sem questionar ou julgar cor, sexo, questão financeira ou qualquer outra coisa”.
Mara faz questão de deixar a palavra de amor ao próximo por onde passa e explicar sobre o trabalho da FSF aos locais de trabalho. Foi assim, durante uma faxina, que um deles conheceu o Projeto Jardim das Borboletas e se voluntariou.
A paixão pela solidariedade foi tão grande que ela sonha em apadrinhar futuros projetos da FSF. Por motivos financeiros, o desejo segue guardado no coração.