O Centro de Acolhimento de Barragem inaugurou um local próprio em agosto pela Fraternidade sem Fronteiras. Até então, as atividades do Centro de Acolhimento aconteciam em um espaço alugado, mas com a parceria da Coup de Pouce Humanitaire, um lugar próprio foi construído e irá acolher 936 crianças em condições de vulnerabilidade oferecendo alimentação, cuidados de saúde e educação. São 2 hectares de área com refeitório com capacidade para servir até 300 crianças, 8 salas, três depósitos, dois banheiros, um poço artesiano, dois tanques de reserva de água e reservatório com uma capacidade de 180 mil litros de água.
O Centro de Acolhimento de Barragem é uma conquista significativa para a Fraternidade sem Fronteiras. A aldeia foi o local onde se instalou o primeiro centro de acolhimento da Organização, há 15 anos. O antigo prédio, além de ser pequeno e atender com dificuldades as crianças, funcionava em uma residência alugada. Já com as novas instalações, a FSF reforça o compromisso de continuar ajudando as comunidades mais vulneráveis proporcionando esperança e oportunidades para um futuro melhor.
Ainda no Centro de Acolhimento de Barragem, nossos técnicos de saúde/voluntários fizeram uma triagem às crianças para identificar micoses e feridas. Geralmente os casos encontrados são os que afetam o couro cabeludo, e por isso fazem raspagem no local e uso de medicação.
O primeiro episódio da Série Fome na África nas redes sociais da FSF contou a história de uma criança com desnutrição severa chamada "Não esquece". Seu nome e história nos chamou a atenção e resolvemos compartilhar esse caso que nos emocionou. Atualmente, Não esquece está aos cuidados dos nossos médicos caravaneiros e dos enfermeiros do projeto. Ela e a mãe, Clara, se alimentam todos os dias conosco e levam para casa o jantar.
O projeto Acolher Moçambique inaugurou um sistema de irrigação constituído por um Ponto de Transformação de energia e uma eletrobomba que poderá irrigar cerca de 35 hectares de área plantada. Essa conquista deve-se ao apoio dos padrinhos e madrinhas da FSF. Com a implementação deste sistema de irrigação, o projeto poderá cultivar uma variedade de alimentos, com destaque para o milho e o feijão, que serão destinados à alimentação dos acolhidos.
Jovens, madrinhas e voluntárias fizeram um mutirão de limpeza na casa da vovó Catarina, como é carinhosamente chamada, de 61 anos, acolhida pelo projeto. A idosa vive sozinha, na aldeia de Muzumuia. A limpeza estendeu-se, também, para o Centro de Acolhimento de Muzumuia.
A iniciativa Jovens Universitários do projeto Acolher Moçambique está com 15 estudantes cursando ensino superior e oito que já concluíram os estudos. Ainda esperam pela oportunidade, através do apadrinhamento, outros 18 jovens. Entre eles, Fanuel Moisés Muiambo, de 22 anos, que concluiu o ensino médio em 2021. “Pretendo fazer o curso de agropecuária. Escolhi por paixão, pois, a minha vida está resumida nas áreas de agricultura e pecuária, sendo que o meu ensino básico foi numa escola agrária. Por isso, gostaria que tivesse a oportunidade de aumentar o meu nível acadêmico para ajudar a Fraternidade sem Fronteiras na produção agrícola que é bastante importante na alimentação das pessoas em situação de vulnerabilidade que são acolhidos pela FSF. O curso de agropecuária tem duração de três anos. O apadrinhamento vai marcar grande diferença porque vai me ajudar com as despesas da faculdade, uma vez que eu não tenho condições para pagar meus estudos, incluindo material escolar, aluguel de casa e mensalidades”, descreve o jovem Fanuel.
porque acredito muito nas atividades da Fraternidade sem Fronteiras. Eu conheci a Organização através do Divaldo Franco e do Haroldo Dutra Dias. Temos que ajudar realmente a botar, nem que seja uma gota de esperança e de vida neste mundo com tanto sofrimento. Fico muito feliz de participar!”
Padrinho, Artur Fernando.
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