Corações se uniram em mais um encontro lindo da Fraternidade sem Fronteiras. A atmosfera foi de amor e gratidão nessa segunda edição do evento que aconteceu em Campo Grande, MS. Voluntários e colaboradores se uniram na causa do amor e a emoção foi inevitável. “Quando você encontra o outro de coração, você começa a promover essa transformação para um mundo melhor. E a Fraternidade sem Fronteiras proporciona esse encontro”, declara a voluntária de Porto Velho, Valéria Terra, que participou da nossa última caravana para Roraima e veio para o II Encontro Fraternidade sem Fronteiras.
Foram três dias de muita comoção e carinho com a presença dos três jovens moçambicanos: Luis, Especiosa e Florença e da coordenadora e professora, também moçambicanas, Sonia e Alexandrina.
Abraços, contatos e sorrisos foram distribuídos durante esse período de inserção. Inserção deles na nossa cultura e nossa na cultura deles: um só povo.
“O que eu achei mais incrível do Brasil foram as pessoas que a gente encontrou. Grandes almas lindas que nos deram hospedagem, alimentação, mas principalmente afeto, carinho e amor”, conta Luis.
Refugiados venezuelanos que foram acolhidos no nosso Centro de Acolhimento em Roraima, também desembarcaram para o II Encontro e para fixar residência, encontrando aqui não somente alimento e moradia, mas abraços de irmãos.
Africanos, venezuelanos, brasileiros, humanos. Todos unidos como um só povo e um só coração. “Imigrante é um órfão de lar. Nós procuramos nas pessoas aqui os sorrisos e abraços que deixamos nos amigos e familiares de lá”, relatou durante o Encontro, Alba Gonzalez, venezuelana e coordenadora do nosso Centro de Acolhimento em Roraima.
Jovens da periferia de Campo Grande que fazem parte da Orquestra Filarmônica Jovem Emmanuel, um projeto apoiado pela FSF, se apresentaram em um momento de muita emoção. “O projeto da Orquestra tira crianças da rua e dá um foco. Em vez de fazerem qualquer outra coisa, elas estão ali dentro aprendendo sobre algo maravilhoso que é a música”, declara Ana Vivian, de 18 anos que participa do projeto desde seus oito anos de idade.
Para Orion Cruz, o maestro e idealizador da Orquestra Filarmônica Jovem Emmanuel, o apoio da Fraternidade sem Fronteiras veio para levar a iniciativa mais além. “Agora estamos com mais dois polos onde são ensinados violino, viola e violoncelo. A ideia é criar mais locais para que possamos atingir um número maior de crianças e jovens”, explica ele.
Divaldo Franco, apoiador da causa, trouxe no primeiro dia a reflexão sobre igualdade e paz. Abriu sua fala citando Ghandi ao afirmar que a paz é o caminho e explicou através de fortes histórias de superação que somente o amor é capaz de mudar o mundo. “Com Jesus fomos despertados para o sentimento do amor. Com isso, constataremos que somente esse sentimento pode redimir o homem naquilo que ele tem maior necessidade, que é a superação das suas paixões. Dessa maneira vamos encontrar a inspiração divina convidando homens e mulheres através do nosso querido irmão Wagner para o movimento da Fraternidade sem Fronteiras”.
Rossandro Kingley, apoiador e divulgador da FSF, abriu a programação de domingo falando sobre o tema “Eu escolho ser feliz”, nome de seu mais novo livro que terá toda a renda revertida para os projetos da Fraternidade sem Fronteiras.
“É preciso que consigamos entender nesse momento que é impossível construir uma felicidade duradoura no nosso coração que não seja uma felicidade que emana de um sentimento muito forte de ter uma vida proativa no serviço do bem”, declarou ele.
A médica Adriana Melo, responsável pela descoberta da relação do Zica vírus com a microcefalia e criadora do projeto “Microcefalia, ciência e amor” apoiado pela Fraternidade sem Fronteiras também esteve presente no II Encontro.
Andrei Moreira, divulgador e amigo, discursou a respeito da “Fraternidade como movimento de cura interior e coletiva”.
“A parábola do bom samaritano” foi o tema da palestra da irmã Aíla Pinheiro.
Patrick Nanahary, de Madagascar e coordenador dos dois centros de acolhimento que a FSF mantém por lá, veio para falar sobre a ação que é o mais recente projeto da ONG.
Chemin Du Futur, também marcou presença com seu idealizador Edmilson Neto falando apaixonadamente sobre o projeto que também é apoiado pela Fraternidade sem Fronteiras.
No sábado, o Diálogo Interreligioso chamou atenção da plateia ao juntar religiões em um momento de reflexão e respeito.
Na música, Aristeu e Juliana, Elizabete Lacerda, Vansamn e outros amigos da causa, movimentaram e emocionaram o público presente.
O evento foi marcado por muitos momentos de reflexão, um exercício simples e que nos colocou em contato com o melhor de nós. O II Encontro Fraternidade sem Fronteiras foi um encontro de almas, de sonhos e de amor ao próximo. “O que aconteceu aqui foi a materialização de muitos sentimentos de Fraternidade. Foram quase 2 mil corações vibrando na mesma sintonia, que é a sintonia do amor”, conta o presidente da FSF, Wagner Moura, que finaliza, “esse era o nosso sonho: que criássemos uma grande corrente de Fraternidade e de amor, sem fronteiras ideológicas, religiosas ou políticas.”