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A Escola Ubuntu: acolhimento e o despertar do sentimento fraterno

Foto: Ivanovitch Ingabire

Por: Alline Gois

No começo deste ano, 2020, a escola de tijolos cor caramelo foi inaugurada no projeto Nação Ubuntu, no Malawi. Pronta para receber muitos irmãozinhos que não tinham acesso à educação e à alimentação saudável.

No dia 18 de fevereiro deste ano, as dez salas de aulas ganharam vida através das brincadeiras e sorrisos das 184 crianças que participam do projeto. A maioria é congolesa, mas a turma também é formada por crianças do Malawi, de Burundi, e de Rwanda.

Foto: Ivanovitch Ingabire

O primeiro dia de aula foi aguardado com euforia, Lilian conta que os trabalhos de preparação da escola, do projeto pedagógico, dos espaços, das matérias, do treinamento dos professores, entre outros detalhes, foram feitos com o esforço coletivo de amigos, voluntários, padrinhos e madrinhas que toparam em sonhar esse sonho em conjunto. “Ver esse esforço se materializando em benefícios reais para a comunidade, manifestos nas carinhas felizes das crianças que se tornaram parte dessa família, me preencheu de um sentimento de amor profundo”, relata Lilian.

Para acolher essas crianças, a equipe é formada por 15 professores, dentre os quais cinco são professores-líderes e dez assistentes. Além dos educadores, a equipe da cozinha, da limpeza, da administração e secretaria, de proteção da criança, de assistência psicológica e social, de agrofloresta entre outras, são essenciais para o bom funcionamento da escola.

O idioma preferencial utilizado é o inglês, “mas todas as línguas nativas – faladas pelos professores e crianças são acolhidas e usadas dentro da escola para efetivar a comunicação e garantir espaço à diversidade cultural”, explicam Gabriel e Lilian.

Com tanta diversidade cultural, eles esclarecem que há todo um cuidado para lidar com todas as culturas com respeito e acolhimento. “Temos códigos de conduta na escola, para evitar qualquer tipo de discriminação ou desrespeito. Prezamos pela representatividade da diversidade de culturas e nacionalidades que se manifesta tanto no quadro de voluntários do projeto quanto no corpo docente”. Danças, músicas e cantos em várias línguas e povos são estimuladas e celebradas dentro do ambiente escolar.

Além da escola, o projeto Nação Ubuntu conta com mais três workshops de trabalho: projeto biocarvão, de costura e de produção de sabão. Os projetos dão oportunidades para centenas de irmãos que vivem no campo de refugiados de Dzaleka, onde cerca de 45 mil pessoas vivem em casas minúsculas e precárias, com escassez de alimentos e acesso à saúde. 

O projeto Nação Ubuntu tem levado esperança e oportunidades para nossos irmãos que tanto necessitam, ao criar oportunidades de capacitação. O trabalho com biocarvão, por exemplo, implementada em dezembro de 2018, tem proporcionado renda para muitos dos acolhidos.

Saiba mais sobre a Escola Ubuntu na entrevista que o presidente da FSF, Wagner Moura, fez com Lilian e Gabriel.

Agradecemos o trabalho de amor feito por todos que se envolvem e participam deste projeto. Para saber sobre a experiência de Gabriel e Lilian, clique aqui. E para apadrinhar o projeto Nacão Ubuntu, clique aqui.

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Emanuel Pizarro

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