O local funcionará em parceria com o ACNUR e Operação Acolhida do Exército brasileiro, com capacidade para 450 pessoas
Por: Laureane Schimidt – assessoria de imprensa FSF
A Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) começou a coordenar o Espaço Emergencial 13 de Setembro, em Boa Vista – Roraima. O local foi ocupado de forma espontânea por refugiados e migrantes venezuelanos que atravessaram a fronteira entre Brasil e Venezuela em busca de melhores condições de vida.
“Estamos acolhendo pessoas que viviam à margem da sociedade, em estruturas precárias, velhas, sem condições de saneamento”, explica a coordenadora do novo Centro de Acolhimento da FSF, Vanessa Epifânio.
A coordenação começou em maio deste ano e foi oficialmente lançada nesse sábado – 20 de junho – no dia mundial do refugiado. Na ocasião, foram realizadas atividades recreativas e artísticas com os acolhidos. O convite para que a Fraternidade sem Fronteiras coordenasse o espaço partiu do ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, e resultou em uma parceria em que a FSF irá reorganizar o espaço e ampliar os atendimentos para adultos e crianças. O ACNUR auxiliará na organização espacial do local e com procedimentos gerais de proteção, incluisve com apoio financeiro. A Operação Acolhida, do Exército brasileiro, oferece apoio para a infraestrutura, distribui alimentos, auxilia na segurança e organização geral do espaço.
O Espaço Emergencial 13 de Setembro faz parte do Projeto da FSF, Brasil um coração que acolhe, que desde outubro de 2017, atende refugiados e migrantes venezuelanos em Boa Vista – RR. As pessoas acolhidas recebem refeições, moradia, itens de higiene, roupas, atividades recreativas e educacional, e o fortalecimento de valores para a convivência coletiva. Além do espaço emergencial, a FSF também coordenada o Centro de Acolhimento São Vicente II, que acolhe cerca de 250 pessoas.
“Foi uma honra e um grande desafio receber o convite do ACNUR, e nós iremos usar da nossa experiência para acolher estes outros irmãos, trabalhar em conjunto com eles de forma respeitosa e digna para que possam reconstruir suas vidas”, afirma Arthur Dias, coordenador do projeto “Brasil, um coração que acolhe”.