O projeto tem polo de trabalho em Campo Grande (MS), onde acolhe pessoas em situação de rua e auxilia no tratamento gratuito e recuperação de dependentes químicos
Por: Alline Gois
A Organização Humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) lançou neste domingo (27) a campanha para a ampliação do Projeto Fraternidade na Rua em parceria com a Clínica da Alma. O evento online foi transmitido no canal da FSF, no YouTube, e na Web Rádio Fraternidade.
O projeto de ampliação da Fraternidade na Rua em Uberlândia (MG) e no Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), tem como objetivo acolher pessoas em situação de rua e/ou com dependência química. “Chegamos as pessoas em situação de rua através de um trabalho extraordinário do pastor Milton, que nos ensinou a ter um olhar de cuidado e com responsabilidade”, expôs o fundador-presidente da FSF, Wagner Moura Gomes.
O evento contou com a participação de Sergio e Jorge, que relataram suas experiências de viver nas ruas do Rio de Janeiro. Jorge, que viveu em situação de rua por quatro meses, foi acolhido por um amigo que o ajudou a sair da rua e apresentou uma nova perspectiva. O ato transformou o rumo de sua vida, e deixou uma lição valiosa, que ele compartilhou: “Não é só importante tirar as pessoas da rua, é preciso tirar a rua de dentro dela. É preciso transformar aquele coração e aquele espírito”.
O coordenador da Clínica da Alma em Campo Grande (MS), Pastor Milton, que há 15 anos auxilia pessoas em situação de rua, contou um pouco sobre o projeto desenvolvido: “A Fraternidade na Rua, dentro do projeto Clínica da Alma, é a união de forças para acolher os necessitados. É muito bonito o que o Sérgio falou. Hoje, por exemplo, o trabalho da Clínica da Alma não é simplesmente retirar da rua, é retirar a rua de dentro dessa pessoa e dar uma perspectiva nova. Fazer com que esse homem se conecte novamente com a essência maior, que é Deus, e que tenha uma vida bonita e em sociedade”.
O padre Julio Lancelotti, que há 35 anos acolhe à população em situação de rua, também acrescentou a importância deste trabalho:” O que nós queremos vivenciar, não é o trabalho, mas a convivência. Conviver com os irmãos, com as irmãs, com as pessoas que estão nessa situação tão desumana que é viver na rua. O que a gente quer com tudo isso? Humanizar a vida. As pessoas não podem ser tratadas com indiferença, não podem ser tratadas com crueldade, com violência. É uma questão humanitária. Qualquer ação que fizermos, seja de alimentação, seja de ressignificação de vida, o que nós precisamos é humanizar a vida. E que todas as pessoas sejam acolhidas sem discriminação”.
A programação também contou com as presenças especiais de Isabel Nascimento (voluntária da FSF no RJ), Giovana Gadia, Fernanda Nunes, Fernando Vilela (voluntários da FSF em Uberlândia/MG) e Andrei Moreira (diretor de Relações Públicas da FSF).
Para saber mais sobre a campanha de ampliação do projeto Fraternidade na Rua e fazer sua contribuição acesse: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br/narua