Como era de se esperar, após dois anos sem eventos presenciais da Fraternidade sem Fronteiras, as expectativas eram grandes para ficar por dentro de todas as novidades, ações e projetos da Organização. Além, é claro, de rever e dar aquele abraço fraterno na equipe toda.
Na recepção do evento, a Orquestra Alexa, coordenada pelo Maestro Zezinho, encantou a todos os presentes, que não largavam os celulares registrando cada momento.
O fundador-presidente da Fraternidade sem Fronteiras, Wagner Moura Gomes, teve a honra de fazer a abertura. Iniciou dizendo o quanto sentia falta de estar nos eventos presenciais, ver, estar com as pessoas e sentir a energia de todos. Agradeceu a presença de cada um, assim como o esforço dos organizadores para tornar o Encontro real.
Em seu breve discurso, Wagner contou um pouco sobre a Organização e lembrou que nada seria possível sem a união, sem as pessoas. E reforçou: “Um dos pilares do Encontro é a espiritualidade, que nos conecta uns aos outros”. Ele fez algumas reflexões sobre suas vivências dentro da Fraternidade e finalizou: “o importante é que somos todos irmãos”.
Palestras
Com o tema ‘Quem não sabe servir, não sabe o que é ser feliz’, Rossandro Klinjey, o escritor, psicólogo e amigo da FSF, começou falando sobre os momentos difíceis que temos passado diante a pandemia da Covid-19 e ainda mais em um momento político tão tenso, que tem desconectado as famílias.
Uma das dezenas de frases marcantes dele foi ‘vivemos em uma sociedade desconsagrada’, isto é, perdeu o que é sagrado – amor e união. Ao longo da palestra Rossandro refletiu assuntos diversos com a plateia. O egocentrismo, a desconstrução humana, o simples fato dos familiares se afastarem por terem opiniões diferentes quanto à política. Falou também sobre como a espiritualidade/religiosidade une as pessoas: “Quem imaginou reunir mais de mil pessoas para falar sobre espiritualidade!”
Utilizou boa parte do seu tempo focando no quão relevante é o ato de servir. A frase ‘temos que servir’ foi constante.
“Fazer o bem, nos faz bem! Produz endorfina (hormônio da felicidade) em nosso corpo!”. “A raça humana começou com um cuidando do outro”.
Rossandro citou também exemplificou o ato de servir com trechos da bíblia. E enfatizou: “Temos que enxergar as dores lá de fora e parar de reclamar”.
Andrei Moreira, diretor de relações públicas da FSF, juntamente com o estudioso do evangelho e amigo da causa FSF, Simão Pedro fizeram o painel ‘O voluntariado que resgata a dignidade do ser’.
Andrei aproveitou a oportunidade para contar parte de suas experiências e as mudanças que aconteceram em sua vida depois das idas e vindas à África e aos projetos da ONG.
Simão usou o tema do painel para incutir nos presentes a natureza do homem: “Amar, dignificar, respeitar…faz parte do ser humano, é natural!”.
Ao longo do bate-papo, Andrei pediu para Simão explicar o que é o voluntariado. Ele disse de forma simples e direta: “Voluntariado tem que vir do coração, da amorosidade antes da moeda. Dar o que tem é importante, mas ter amorosidade, afeto, empatia é essencial (a chave)”.
Só para reforçar ainda mais ambos disseram que ‘voluntariado é sentir, é conectar-se com o outro, com o próximo’.