Além das aulas regulares, os alunos têm aulas de esporte, idiomas, música, dança e ecologia
Por Laureane Schimidt – assessoria de imprensa FSF
A primeira escola do Projeto Ação Madagascar, no sul da ilha de Madagascar, na África, iniciou o ano letivo em setembro de 2023 com 420 crianças matriculadas. A escola foi inaugurada em março deste ano, pela Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), na Cidade da Fraternidade, em Ambovombe, e ganhou o nome de Horova, que em malgaxe, língua oficial da região, quer dizer “um bom lugar no futuro”.
“Em Madagascar, temos a pré-escola e depois começa o 11º ano, 10º, depois o 9º e vai evoluindo, uma contagem diferente se comparada ao do Brasil. Mas é mais ou menos como se tivéssemos um ensino fundamental também. Outra diferença em relação ao calendário brasileiro é que o ano letivo lá iniciou em setembro, aí em novembro eles têm uma pequena férias, voltam em dezembro e janeiro, e novamente uma outra pequena férias, Mas o ano letivo tem a duração de um ano dividido em quatro bimestres como aqui” explica, a voluntária e madrinha, Gyselle Tannos, Coordenadora Pedagógica da escola Horova.
Além do ensino regular, os alunos têm atividades esportivas, aulas de português, inglês, música, coreografias de danças típicas e de ecologia com horticultura para a produção de adubos orgânicos. Enquanto ficam na escola, eles recebem três refeições, banho, uniforme e todo o material escolar. Cada sala de aula abriga até 40 alunos, são 17 professores e quatro auxiliares, além de um diretor e um coordenador.
“Em 2017, quando chegamos lá, nós vimos essas mesmas crianças passando fome, sede, sem roupas, com bichos de pé, em situação de extrema vulnerabilidade. Agora, elas estão bem cuidadas e amorosamente acolhidas. O sentimento é de felicidade e o coração vai inchando de amor a cada dia quando vemos os rostinhos lindos deles, felizes, rindo, brincando como criança, como deve ser… sem preocupação. O futuro está sendo cuidado e protegido”, afirma Gyselle.
As obras na escola Horova estão em expansão, uma cozinha está sendo construída com capacidade para cinco grandes fogões, uma área coberta para atividades de lazer, e a instalação de placas solares para iluminar todas as salas de aula, incluindo uma para as aulas de informática com 40 computadores.
“Com essa iluminação poderemos usar as salas no período noturno e oferecer aos jovens e adultos cursos técnicos, de alfabetização, matemática, informática e idiomas”, planeja Gyselle.
A previsão é que em até dois meses as obras sejam concluídas.