São 32 obras em andamento para famílias que vivem no Campo de Refugiados de Dzaleka
Por Laureane Schimidt – assessoria de imprensa FSF
A Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras, por meio do Projeto Nação Ubuntu, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), deu início a construção de 32 moradias para refugiados do Campo de Refugiados Dzaleka, no Malawi – país localizado ao sudeste do continente africano. A parceria funciona da seguinte maneira: por parte da FSF, são oferecidos os tijolos, a mão de obra, portas e janelas, por sua vez o ACNUR disponibiliza a madeira, o cimento, as telhas, pregos e areia.
“As primeiras casas serão entregues aos refugiados que estão há mais de dois anos na área de trânsito, principalmente para famílias com grande número de pessoas e mulheres sozinhas com filhos”, explica a coordenadora do Projeto Nação Ubuntu, Clarissa Paz.
A construção desses abrigos é necessária porque os refugiados vivem em tendas provisórias e dormem no chão batido, além de enfrentarem situações adversas do clima, frio, chuva e calor.
“A casa é uma mudança de vida significativa para os refugiados para que possam se sentir acolhidos e terem o mínimo de dignidade para viver. A gente espera continuar com essa parceria com o ACNUR porque o nosso objetivo é conseguir tirar todos que estão na área de trânsito e dar uma casa pra eles”, afirma Clarissa.
A estimativa é de que 53 mil refugiados estejam vivendo no Campo de Dzaleka, a maioria vinda da República Democrática do Congo, Ruanda e Burundi, fugidos de conflitos de guerra. Pelo menos 10 mil são crianças que estão fora da escola. Todos chegam com a roupa do corpo, com fome e sem dinheiro. O custo para a construção de uma casa é de três mil dólares.
Sobre o Projeto Nação Ubuntu – No Malawi, o Projeto Nação Ubuntu, desde setembro de 2018, tem o objetivo de mudar as histórias de vida e oferecer às crianças, jovens e toda a população de refugiados e malawianos em situação de vulnerabilidade um novo modelo de vida – uma nova oportunidade. Além da escola, são oferecidas oficinas de trabalho com biocarvão, costura e produção de sabão. As obras no local são para a construção de salas de aula e casas. Atualmente, são 546 trabalhadores no projeto, 650 crianças matriculadas na escola Ubuntu, 12 hectares de horta, duas mil refeições servidas por dia e 150 casas construídas.