Por Veridiana Jordão – assessoria de imprensa FSF / Londres
A organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) promove, entre os dias 1,2 e 3 de novembro, o I Encontro Internacional na cidade de Assis, na Itália. O evento de três dias incluiu palestras sobre os projetos desenvolvidos pela FSF, a importância do trabalho humanitário e discussões sobre diversos temas relacionados. A conferência reuniu núcleos internacionais da FSF de países como Alemanha, Itália, Reino Unido, Malawi, entre outros.
Na abertura do evento, o diretor de relações públicas, Andrei Moreira, apresentou o tema “Um só povo e um só coração”, destacando a relevância da conexão humana e da dignidade para todos. Ele afirmou que a essência da FSF é promover dignidade e conexão entre as pessoas:
“O sentido da FSF é a promoção da dignidade humana e a conexão entre os corações. Abrir espaço dentro de nós para que mais pessoas e realidades possam caber e ter, em nós, um espaço de amor e de valor. Esse é o sentido da fraternidade e de sermos irmãos, de nos conectarmos sem barreiras, sem fronteiras, sem distinções que descaracterizam a dignidade do ser humano, mas que validem todas as diferenças, que são riquezas humanas.”
O fundador e presidente da FSF, Wagner Moura Gomes, também esteve presente e abordou a situação atual no Congo, onde a guerra e a pobreza extrema afetam a população. Ele falou sobre o projeto “Órfãos do Congo”, que atualmente acolhe cerca de 369 crianças e jovens vítimas da violência local. Segundo Moura, esse é um dos projetos mais recentes e que demanda grande atenção.
“Não são crianças que vêm, se alimentam e voltam para casa. Não, elas estão lá dentro, e a gente precisa, como um pai e uma mãe, dar conta. Elas vêm de uma situação muito vulnerável, e precisamos oferecer amor, sustento, ação e saúde. Tudo isso é muito desafiador, e por isso não podemos deixar de divulgar. Hoje, o custo que temos de apadrinhamento é inferior ao necessário para o investimento inicial. Então, estamos todos os meses buscando recursos de todos os lados para complementar o que chega até nós”, explicou Wagner Moura.
Outro tema discutido foi a sustentabilidade e o papel das empresas em contribuir com projetos humanitários. Benafsha Delgado, gerente sênior do Global Compact Network UK, destacou a importância de a FSF estar presente para compartilhar suas experiências e permitir que o setor privado veja o impacto direto de projetos como esses, que frequentemente ocorrem em regiões distantes e em países em desenvolvimento.
“É muito importante porque o setor privado não tem muita oportunidade de ver os impactos de projetos como esse, que, por serem distantes, geralmente estão em países em desenvolvimento. Por isso é essencial que a FSF exista, para que essas histórias e projetos encontrem formas de chegar até as empresas, permitindo que elas vejam que há sim um meio de gerar impacto ao oferecer suporte para organizações como a FSF”, afirmou Delgado.
A conferência também simbolizou a expansão da FSF em diversos países e o fortalecimento dos núcleos internacionais, o que contribui para a divulgação dos projetos e o aumento do número de padrinhos e apoiadores. Wagner Moura reforçou o papel essencial dos voluntários nesse processo:
“Sempre disse que a expansão da FSF dependerá do amor, envolvimento e dedicação dos seus voluntários, dos componentes, daqueles que fazem esse movimento sem fronteiras religiosas, políticas ou de nacionalidade, criando essa grande frente. É muito bonito ver isso, é um movimento de muito amor e de muita gente, e isso é inspirador”, comentou Wagner Moura.