Projeto da Fraternidade sem Fronteiras proporciona auxílio de aluguel solidário a famílias que ficaram desempregadas e desabrigadas durante a Covid-19
Por Marco Antonio Cruz – Assessoria de Imprensa FSF
O Projeto Fraternidade na Rua, polo de São Paulo, da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), atua, desde setembro de 2020, com o objetivo de oferecer acolhimento às famílias em situação de vulnerabilidade pelas ruas da capital paulista. Neste período, os voluntários acompanharam o expressivo aumento de 54% no número de pessoas que passaram a viver em situação de rua em São Paulo.
De acordo com o censo divulgado pela Prefeitura de São Paulo, feito pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), divulgado nesta semana, a população em situação de rua na capital paulista passou de 24.344 para 31.844, até o final de 2021. São cerca de 7.5 mil pessoas a mais, em situação de vulnerabilidade, vivendo em barracas pelo centro da cidade, sem emprego, sem moradia e sem comida.
“A necessidade é muito grande e os dados são muito importantes, porém eles não expressam toda a realidade, uma vez que há subnotificação, porque não faz o levantamento das moradias precárias. Em São Paulo existe uma linha muito tênue entre você estar na rua ou você estar em um barraco ou numa ocupação. A gente também percebeu um grande aumento de famílias vivendo na rua desde o início da pandemia. Tem famílias inteiras nas ruas, inclusive famílias estrangeiras. Nosso projeto acolhe famílias venezuelanas ”, observa o coordenador do Projeto em São Paulo, Dante Furlan.
Pela pesquisa da prefeitura de São Paulo, o aumento foi de 28% no número de famílias pelas ruas paulistas. O Fraternidade na Rua – SP organiza diversas atividades, entre elas: atendimentos médicos, odontológicos e psicológicos; campanhas de arrecadação de alimentos para a montagem de cestas básicas; montagem de casas para os acolhidos; cursos de capacitação; oficinas de artesanato para geração de renda às famílias, capacitação de voluntários, orientação e capacitação para a busca de emprego aos acolhidos.
“A gente precisa muito de voluntários e do apadrinhamento porque nosso trabalho depende, primeiramente, de coração e depois de recursos e de bons braços para alcançarmos mais acolhidos. Outro ponto muito importante são as parcerias. O que enxergamos muito, hoje, em São Paulo, é que se a gente estiver atento às parcerias, a outros coletivos e entendermos as políticas públicas, entender que as causas são as mesmas e precisamos nos ajudar, a gente vai muito mais longe”, finaliza Dante.
O Projeto atua de forma expansiva na criação, manutenção e ampliação de diversas frentes de trabalho na transformação de pessoas em situação de rua. No Brasil são cinco polos de trabalho: Campo Grande – MS, Uberlândia – MG, São Paulo – SP e Rio de Janeiro – RJ. Nos Estados Unidos, os trabalhos são feitos em três cidades: Las Vegas, Nova Iorque e Denver. Além das refeições, são distribuídos água, roupas, toalhas, cobertores e produtos de higiene pessoal.