Um chamado do coração
Um movimento fraterno será sempre uma história escrita por muitas mãos. A Fraternidade sem Fronteiras (FSF) nasceu do coração de um homem, mas alcançou e ajuda cada dia mais
pessoas pela união de vários corações fraternos.
Wagner Moura Gomes, o fundador-presidente da FSF, era só um menino quando se viu chorando pela fome no mundo. Uma dor que o acompanhou por toda a juventude, quando já se dedicava a trabalhos voluntários na periferia de Campo Grande/MS, cidade natal dele. Já adulto, não conseguindo mais evitar esse chamado,
decidiu ir à África.
Escolheu Moçambique, país de língua portuguesa, localizado na região mais pobre do mundo, a África Subsaariana. Começava ali
o trabalho de acolhimento da Fraternidade sem Fronteiras que hoje já se expandiu por todas as áreas de atuações apresentadas.
Daqueles primeiros dias aos de hoje, uma série de felizes acontecimentos, padrinhos/madrinhas e amigos da causa, vêm tecendo essa história de fraternidade. Um movimento fraterno será sempre uma história escrita por muitas mãos.
Em 2009, atendendo ao chamado do coração, Wagner Moura faz a primeira viagem à África. Visita orfanatos, asilos, conhece crianças de rua e, posteriormente, as aldeias.
Nas aldeias, o grande número de órfãos, em decorrência do HIV e da malária, e a ausência de qualquer tipo de assistência às crianças. A partir daí, começa a pensar na fundação de uma organização não governamental para acolher as crianças da África.
Wagner Moura retorna da primeira viagem à África, reúne os amigos mais próximos e propõe a criação da ONG. Junto ao grupo de voluntários, organiza um evento para mil pessoas – um churrasco beneficente. A iniciativa rende R$ 25 mil e, com os amigos mais próximos, Wagner funda a Organização Humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF).
Wagner retorna à Moçambique, levando os recursos do evento beneficente. Visita novamente as aldeias e, com a ajuda de algumas pessoas, é levado ao régulo - líder espiritual e religioso da aldeia a quem é necessário pedir autorização para realizar qualquer tipo de trabalho com a comunidade. Apresenta a ele o projeto idealizado, baseado em 7 anos de experiência em trabalhos assistenciais no Brasil, e recebe a autorização.
Compra em Maputo os utensílios para montar o Centro, volta para as aldeias e aluga uma antiga casa de portugueses num terreno de cinco mil metros. Contrata monitores e cozinheiras locais, capacita para o trabalho fraterno. Em razão do custo, estima amparar 35 crianças, mas ao findar as visitas para o trabalho de cadastro, registra 70 crianças com necessidade de amparo urgente. As crianças tinham a necessidade e Wagner tinha a fé. Com o dobro do planejado, abre o primeiro centro de acolhimento da Fraternidade sem Fronteiras, em Barragem.
Contrataram monitores, indicados pelas próprias pessoas da aldeia, com instrução até a sétima série. Capacitaram minimamente conforme a experiência de que dispunham, contrataram cozinheiras e buscaram, dentro da cultura africana, líderes naturais com vocação para o canto, as danças e brincadeiras nativas. A alegria proporcionada pela música, pelo movimento do corpo e pelo lazer faria parte também da vida das crianças. Era o modelo básico para atividades.
Como manter o trabalho de assistência e criar condições para acolher ainda mais crianças em situação de extrema carência? Surge a ideia do apadrinhamento. A contribuição de R$ 50,00, por mês, garantiria a entrada e permanência de uma criança no projeto. Cada pessoa que abraçasse o projeto abriria vaga para mais uma criança. As doações avulsas e promoções seriam para a estrutura e montagem dos centros de acolhimento. O convite ao apadrinhamento, aos poucos, foi sendo acolhido no coração de muitos, milhares de padrinhos, no Brasil e também no exterior. Anos mais tarde, em 2017, uma decisão necessária: o apadrinhamento passou a ser para o projeto e não mais para uma criança determinada. Isso porque o ritmo de crianças que entravam no projeto era muito maior do que a capacidade de construir e equipar os centros de acolhimento. É lançada a campanha Estrutural Moçambique e a contribuição dos novos padrinhos passa, então, a ser destinada para construir cozinhas, banheiros, salas para atividades pedagógicas, viabilizando a estrutura mínima necessária ao acolhimento das crianças. O sistema de apadrinhamento é o coração de todos os projetos da Fraternidade sem Fronteiras (FSF).
Em Março de 2013 formamos a primeira caravana para Moçambique/África, composta por 16 integrantes. A Fraternidade sem Fronteiras dava os primeiros passos para conectar corações de irmãos que vivem em continentes diferentes.
Alguns anos após o início do projeto, as primeiras crianças acolhidas são jovens e surgem, então, novos desafios. Nas aldeias, eles têm chance de estudar apenas até a sexta série porque depois dessa etapa só tem escola na cidade. Sem dinheiro para o transporte, material escolar e uniforme, a grande maioria interrompe os estudos.
Era preciso criar novas frentes de trabalho para ampará-los e orientá-los para o futuro. É criado, então, o Projeto Jovem. Padrinhos garantem a eles a continuidade dos estudos e a oportunidade de aprender uma profissão. Assim, conquistam autoestima e mantém viva a esperança que se vê nos olhos de todos os acolhidos.
O movimento fraterno constrói uma padaria em Muzumuia, onde a FSF abriu o segundo centro de acolhimento. A iniciativa oferece aos jovens oportunidade de aprender uma profissão e pão por menor preço para a comunidade.
Início da perfuração de poços artesianos nas aldeias de Moçambique. A chegada da água permite o início do cultivo sustentável, visando a autossustentação alimentar do projeto.
O orfanato Chemin Du Futur, localizado em Dakar, Senegal/África, é abraçado pela Fraternidade sem Fronteiras. A região possui o maior fenômeno de crianças em situação de rua no mundo, estima-se que 50 mil meninos não tenham um lar. Para ajudar a mudar a vida desses jovens, atuamos junto ao Chemin du Futur para oferecer um lar, educação e capacitação.
Registrado o Núcleo Fraternity Without Borders Suiça; e em julho do mesmo ano, é constituída oficialmente o Núcleo Fraternity Without Borders Reino Unido.
A FSF abraça a causa pelas crianças com microcefalia e cria o projeto de apadrinhamento “Microcefalia, ciência e amor”, que fica em Campina Grande/Paraíba/Brasil, unindo-se ao trabalho da médica e pesquisadora Adriana Melo, responsável pela descoberta da relação entre o zika vírus e a microcefalia.
A Fraternidade vai ao sul da ilha de Madagascar e cria o projeto "Ação Madagascar", iniciando o atendimento a famílias que sofrem com a fome e sede, em uma das piores crises humanitárias do mundo. De imediato realiza um trabalho humanitário de emergencial e, de forma planejada, passa a acolher milhares de pessoas.
Realização do primeiro Encontro Fraternidade sem Fronteiras, com o objetivo de fortalecer a causa e os laços afetivos entre pessoas que se unem para trabalhar por um mundo melhor.
A Orquestra Filarmônica Jovem Emmanuel passa a integrar os projetos da Fraternidade sem Fronteiras, em Campo Grande/MS/Brasil.
Lançamento do Projeto “Brasil, um coração que acolhe”. A Fraternidade sem Fronteiras constrói e mantém um centro de acolhimento, em Boa Vista/Roraima/Brasil, para ajudar famílias venezuelanas que atravessam a fronteira com o Brasil, em busca de esperança, tentando vencer a pior crise humanitária da América Latina.
O movimento cresce e a organização tem a necessidade de espaço adequado para atender padrinhos, divulgadores, central de presentes e a administração de todos os projetos humanitários. Investe, então, na oportunidade da compra da sede própria, onde também passa a realizar pequenos eventos, como o lançamento de novas ações e encontro de padrinhos da causa.
Mais um Núcleo se forma no exterior: agora o Núcleo Fraternity Without Borders Estados Unidos, também leva a causa ainda mais longe.
O movimento de fraternidade vai ao Haiti conhecer um projeto do coração de Jean Inoclair François - refugiado haitiano que morava e trabalhava no Brasil e enviava dinheiro ao Haiti para sustentar a família e quase 200 crianças. A Fraternidade sem Fronteiras passa a apoiar os esforços humanitários e ajuda na construção da escola Escola Gnose de Village Quosqueya Hinche para alfabetizar e alimentar cerca de 500 crianças.
A Fraternidade sem Fronteiras torna-se parceira de novas causas no nordeste brasileiro: Retratos de Esperança e Jardim das Borboletas. Com o Retratos, constrói casas para famílias do sertão nordestino; com Jardim das Borboletas, apoia o tratamento de pessoas com uma doença de pele rara e incurável, a epidermólise bolhosa, que exige cuidados de alto custo.
Cem famílias de Madagascar, que viviam em casinhas muito precárias passam a morar na Cidade da Fraternidade, idealizada e construída para oferecer vida nova em comunidade, com incentivo à cultura da paz e sustentabilidade. O projeto, em área de 45 mil metros quadrados, contempla 100 casas, poço artesiano, produção, oficinas de trabalho e renda.
A FSF une-se à Clínica da Alma, em Campo Grande/MS/Brasil, para ajudar a vencer um dos maiores desafios sociais: a dependência química. O projeto Fraternidade na Rua cria a oportunidade do apadrinhamento para fortalecer e ampliar o trabalho da Clínica, baseado na disciplina, laborterapia e espiritualidade.
Início do trabalho humanitário no campo de refugiados de guerra Dzaleka, em Dowa, no Malawi. O projeto Nação Ubuntu nasce com o sonho de apresentar ao mundo um novo modelo de vida para comunidades de refugiados, baseado nos valores da antiga filosofia africana Ubuntu – “eu sou porque nós somos”. Em área adquirida ao lado do campo de refugiados, inicia-se a construção do centro de acolhimento com espaço para oficinas de trabalho, padaria, perfuração de poço artesiano, playground e salas de aula para oferecer estudo a 9 mil crianças.
O fundador-presidente da FSF, Wagner Moura Gomes, recebeu o Prêmio Inspiração, promovido pelo programa Caldeirão do Huck, da emissora Globo. Na ocasião, o programa mostrou a história e trajetória de Wagner e da Fraternidade sem Fronteiras, como um reconhecimento de cidadão inspirador e causa relevante para a sociedade.
O site da Fraternidade sem Fronteiras ganhou sua versão em inglês e pessoas que vivem fora do Brasil podem apadrinhar e conhecer mais de perto o trabalho humanitário desenvolvido pela ONG e contribuir para que a missão atravesse continentes.
O Canadá também passa ser mais um Núcleo da Organização fora do Brasil. Assim, o Núcleo Fraternity Without Borders Canadá é registrado e implantado para espalhar e vivenciar a mensagem de fraternidade.
Em 15 de novembro de 2019, a FSF completou dez anos de fundação. Para comemorar o momento, a Organização cria o Dia Mundial FSF e com voluntários de diferentes localidades do mundo, realiza mais de 50 ações fraternas simultâneas em dez países (Brasil, Portugal, Suíça, Canadá, Inglaterra, Estados Unidos, Senegal, Moçambique, Malawi e Paraguai).
A quarta edição do Encontro FSF ocorreu entre os dias 17 e 19 de abril, de forma totalmente virtual devido ao isolamento social exigido pela pandemia da Covid-19. Apesar da distância, fortalecemos o sentimento fraterno e reunimos muitas mãos à serviço do amor.
Lançamento do livro do fundador-presidente da FSF, Wagner Moura Gomes, com reflexões e depoimentos de vivências de fraternidade na FSF. Toda renda é revertida para a Organização.
Primeira campanha de arrecadação virtual de cestas básicas para o Brasil e a África, beneficiando os projetos FSF e mais 69 instituições parceiras e necessitadas pelo impacto da pandemia da Covid-19.
Em meio ao desafio da pandemia de Covid-19, iniciamos a campanha contínua Coração Curumim, que leva ajuda humanitária para mais de 50 comunidades indígenas, das etnias Terena, Guarani e Kaiowá, nos estados de MS, MT no Brasil e do país Paraguai; com possibilidades sustentáveis, alimentos, água, itens de higiene e equipamentos de proteção.
Além do polo MS, com parceria da Clínica da Alma, o projeto chega às cidades de: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Uberlândia/MG e Belo Horizonte/MG - com o objetivo de proporcionar diversas frentes e atuação de trabalho para acolher e auxiliar pessoas em situação de rua no Brasil.
Por meio de uma doação especificamente com esse destino, para levar a FSF ao conhecimento de mais pessoas, houve a veiculação de 30 dias de dois comerciais transmitidos na emissora Globo News - nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Um dos VTs contou com a participação voluntária dos padrinhos e artistas Reinaldo Gianecchini e Alok, e o outro divulgou a chegada do projeto Fraternidade na Rua no RJ.
Passamos a fazer a administração completa do projeto, migrando de apoiado para um projeto próprio da Organização.
Lançamos no site da FSF uma área exclusiva aos nossos voluntários. O portal do voluntariado chegou para unir vários grupos de diferentes regiões em um ambiente que une iniciativas de trabalho com o foco na ajuda humanitária.
Lançamos a modalidade de Apadrinhamento Empresarial, que permite a empresas e instituições a oportunidade de se tornarem madrinhas de nossos projetos ou parceiras da causa. O apadrinhamento empresarial tem cota mínima de R$500 por mês.
O projeto Fraternidade na rua cresce e o acolhimento chegou a outros países. Três novos polos de atuação foram firmados nos Estados Unidos nas cidades de Las Vegas, Nova Iorque e Denver.
As atividades do polo Belo Horizonte, do projeto Fraternidade na Rua, foram encerradas. O trabalho da FSF na região acontecia em parceria com o Banho Solidário que seguirá normalmente suas atividades na região,de forma ainda mais estruturada para o atendimento de pessoas em situação de rua.
O projeto Brasil, um coração que acolhe passou por uma reestruturação triplicando a capacidade de acolhimento aos refugiados e migrantes venezuelanos em Boa Vista, Roraima. O número passou de 500 para 1500 acolhidos
Assumimos a coordenação civil de mais um Centro de Acolhimento, o Pricumã e agora estamos com quatro frentes de trabalho, sendo três na cidade de Boa Vista e o Centro de Capacitação e Referência localizado em Pacaraima.
Essa mudança foi necessária devido ao crescimento do fluxo migratório na fronteira entre Brasil e Venezuela e faz parte de uma reorganização da Operação Acolhida. Os acolhidos do Centro de em São Vicente 2 tiveram que ser transferidos para o Centro de Acolhimento do Espaço Emergencial 13 de Setembro. Um aumento de 270 para cerca de quase 500 acolhidos
O projeto Brasil, um coração que acolhe assumiu a coordenação humanitária do Centro de Acolhimento Indígena Jardim Floresta, em Boa Vista - Roraima. A estrutura do local tem capacidade para acolher até 460 pessoas. Este é um dos cinco abrigos indígenas da Operação Acolhida no estado de Roraima, e o primeiro sob a coordenação da Fraternidade sem Fronteiras.
Com R$25 por mês é possível contribuir com um dos 11 projetos da ONG
A partir de R$600 é possível manter um jovem acolhido na universidade
A casa de apoio é para acolher todos os pacientes com Epidermólise Bolhosa do Brasil. O local tem uma sala de curativos, quartos para receber as crianças e suas famílias e ainda, uma farmácia com um estoque de medicamentos para a continuidade do tratamento.
Foram cinco anos de tentativas para encontrar reservas subterrâneas de água potável. A obra tem 150 metros de profundidade e levou aproximadamente quatro meses para ser concluída. A estimativa é de que a água encontrada seja suficiente para abastecer 30 mil pessoas em toda a região onde está localizado o projeto Ação Madagascar. Além disso, placas solares foram instaladas para garantir o funcionamento da bomba elétrica.
A capacidade inicial é para 140 crianças, com quartos maiores, uma cozinha ampla e área externa para atividades de lazer e esporte.
São 2,5 hectares de extensão com dormitórios, banheiros, sala, cozinha e área de serviço.
Foram 1.200 participantes presenciais e 6.500 visualizações nas transmissões ao vivo. Durante os três dias, foram oito apresentações artísticas, 15 palestrantes e 26 painéis com reflexões, exposições e depoimentos de voluntários, acolhidos e líderes dos 11 projetos da FSF.
Inauguramos a primeira escola do Projeto Ação Madagascar, na Cidade da Fraternidade, em Ambovombe. A escola tem 12 salas de aulas para atender até 1 mil crianças do ensino infantil ao ensino fundamental, com aulas em período integral, três refeições, banho, uniforme e material escolar.
Foram 800 pessoas reunidas, 4200 visualizações durante transmissão ao vivo, 27 palestrantes e mais de 650 peças de frio arrecadadas durante o evento.
De 17 a 27 de julho de 2023 a FSF realizou a primeira caravana de ajuda humanitária no Projeto Órfãos do Congo, na República Democrática do Congo - localizada na África Central. No total participam 8 pessoas: O fundador-presidentes da FSF, Wagner Moura Gomes; a gerente de Comunicação, Marketing e Relacionamento, Marcele Aroca Camy; e seis padrinhos/caravaneiros/voluntários (um médico, um dentista, uma enfermeira, uma engenheira e dois empresários - dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Goiás.
Nos dias 20 e 21 de outubro foram reunidas 500 pessoas presencialmente e ainda, tiveramos 52.841 visualizações nas transmissões on-line. Na programação, 36 palestrantes, sendo 17 deles pela primeira vez em um evento da FSF. O evento foi realizado na Mansão do Caminho - obra social do Centro Espírita Caminho da Redenção, fundada pelo médium e orador espírita Divaldo Franco.